Mercado Imobiliário

Pandemia e o ciclo imobiliário atual: quais os impactos?

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Nem os mais otimistas poderiam apostar que o medo e insegurança causados pela pandemia do Coronavírus em 2020, pudesse dar espaço a uma retomada rápida do mercado imobiliário e recordes de vendas por todo o país. Presenciamos algumas cidades apresentando baixo estoque, incorporadoras entrando em 2021 com vários lançamentos e os números de vendas superando todas as expectativas. 

Porém, o valor da Taxa Básica de Juros (Selic) têm sofrido recorrentes alterações determinadas pelo Banco Central (BC), através do Comitê de Política Monetária (Copom), desde o mês de julho e os números assustam, podendo fechar o ano em 9,25% ao ano. Diante disso, economistas avaliam os impactos da pandemia e o ciclo imobiliário atual.

Nesse artigo trouxemos uma análise sobre essa rápida reação do mercado imobiliário e os impactos causados pela pandemia no ciclo imobiliário atual. Confira:

 

Estamos vivendo um novo ciclo?

Estamos acostumados a presenciar ciclos com duração de alguns anos e essa rápida e boa recuperação do mercado imobiliário foi uma grande surpresa para todos. Presenciamos uma grande procura por imóveis e  algumas cidades apresentando baixo estoque, incorporadoras entrando em 2021 com vários lançamentos e os números de vendas superando todas as expectativas. 

Entretanto, a partir de junho de  2021, os números começaram a assustar com a taxa da Selic  sofrendo grandes reajustes do Copom e chegando a 7,75% ao ano. Esse número de aumento praticamente quadruplicou ao longo de 2021, que em janeiro era de 2% e a previsão é que essa taxa sofra um novo reajuste em dezembro, podendo fechar o ano em 9,25%.

Além do do crescente aumento da Selic, observamos os empregos perdidos durante a pandemia não sendo repostos, INCC com valor recorde e impactando no valor final dos imóveis e lançamentos começando a desacelerar. 

 

Fonte: Imobi Report (2021)

 

O sócio-consultor da Brain, Marcelo Gonçalves, comentou que existem desafios econômicos pela frente como aumento dos insumos, da inflação e perda de renda da população:

“A alta da Selic retira o potencial investidor, pois ele volta para o mercado financeiro. Tem o risco de ter que lançar mais caro (por conta da alta dos insumos), mas o comprador escapar do financiamento com o aumento das taxas de juros. Os próximos meses devem ser bem desafiadores e, em 2022, mais ainda. Há desafios anunciados, econômicos e políticos.” 

 

Economia e o mercado imobiliário

Um dos pontos que melhor representam os fatores econômicos que podem influenciar no mercado imobiliário é a inflação. Por isso, quando a taxa de juros cai, abrem-se as portas para um financiamento mais barato e quando ela começa a subir, o mercado imobiliário esfria. Por outro lado, quando ela cai, o mercado aquece com novos financiamentos e aumento de demanda por construção e compras.

É importante prestar atenção na taxa básica de juros, a Selic, que em janeiro estava em 2%, voltou a sofrer alterações com reajuste pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e chegou a 7,75% ao ano os e números apontam que a taxa pode fechar 2021 com 9,25% ao ano. Esse aumento, segundo economistas, exigirá um nível de renda ainda maior para os compradores de imóvel.

Contudo, a aquisição de imóveis continua tendo uma forte demanda por parte da população, de modo que o próximo ano promete um desempenho melhor do que o verificado em 2021. Isto apesar da Selic em trajetória de alta e os altos custos do material de construção na atualidade.

 

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