Mercado Imobiliário
Como a Queda da Selic Afeta o Mercado Imobiliário
Selic cai e mostra espaço para redução de juros nos financiamentos imobiliários

A taxa Selic sofreu uma redução de 0,5% em sua última decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM). Esse movimento, que já é o terceiro consecutivo, levou a taxa a seu menor patamar desde maio de 2022, fixando-a em 12,25% ao ano. Embora os juros ainda permaneçam elevados, a redução sinaliza um cenário mais favorável para os financiamentos imobiliários.
A expectativa é que na próxima reunião do Copom, em dezembro, a Selic sofra uma nova queda de 0,5 ponto percentual, encerrando o ano em 11,75%. As projeções do mercado, conforme a pesquisa Focus divulgada semanalmente pelo Banco Central, indicam que a Selic deve encerrar 2024 em 9,25% ao ano, demonstrando a perspectiva de continuidade no processo de redução.
Entretanto, mesmo com a trajetória de queda, ainda existem incertezas que pairam sobre o mercado. A situação das contas públicas no Brasil e as taxas de juros elevadas em economias desenvolvidas podem influenciar o ritmo da redução da Selic. Como afirmou Ieda Vasconcelos, economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC):
“As incertezas relacionadas às finanças públicas e as taxas de juros globais podem impedir uma aceleração na redução da Selic”
Portanto, embora haja um cenário otimista, ainda é importante observar esses fatores que podem influenciar o mercado.
Possível impacto positivo da prolongada “novela” da correção do FGTS
A discussão sobre a nova correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) parece que continuará se estendendo por mais tempo. Isso é visto como um desenvolvimento positivo, especialmente para o setor habitacional popular.
Essa prolongação permite que o mercado imobiliário popular mantenha suas expectativas, uma vez que a discussão sobre o FGTS é vista como uma questão crítica para o setor.
O Supremo Tribunal Federal (STF) tem sido palco de discussões sobre a correção do FGTS, incluindo a possibilidade de substituir a atual correção pela Taxa Referencial (TR) por um índice de inflação, como o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) ou o IPCA-E. Essas decisões podem ter impacto direto na remuneração das contas vinculadas ao FGTS.
O governo e as centrais sindicais têm buscado um acordo para resolver essa questão, mas até o momento, não houve sucesso.
A prolongação dessa “novela” traz alívio e expectativas positivas para o setor habitacional popular, que depende do FGTS como fonte de financiamento para diversas áreas, incluindo habitação, saneamento básico e moradias de interesse social.
Valorização do mercado imobiliário em 2023
Em 2023, o mercado imobiliário registrou uma valorização no preço de venda de imóveis residenciais, com uma alta de 4,43% de janeiro a outubro, de acordo com o Índice FipeZAP. O município de São José, em Santa Catarina, liderou esse movimento com uma valorização de 17,11% no preço dos apartamentos. Mesmo com essa alta, Balneário Camboriú ainda mantém sua posição como a cidade com o metro quadrado mais valorizado do Brasil.
Essa valorização é observada em diversos municípios de Santa Catarina, com Florianópolis liderando o ranking das cidades que mais se valorizaram. O crescimento populacional e o investimento em infraestrutura têm impulsionado o mercado imobiliário na região. São Paulo, que historicamente liderou o ranking de imóveis caros, agora ocupa a quinta posição devido ao rápido desenvolvimento urbano e ao perfil dos imóveis.
Mudanças nas regras do MCMV
O Ministério das Cidades promulgou a Portaria 1.373/2023, que traz alterações nas regras de propostas de empreendimentos habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). Essa medida traz mudanças nas regras de contratação de empreendimentos habitacionais e estabelece a meta de contratação para a linha de provisão subsidiada de unidades habitacionais novas em áreas urbanas.
Essas mudanças permitem que o Ministério das Cidades suspenda temporária ou permanentemente a protocolização de propostas de empreendimentos habitacionais do MCMV junto aos agentes financeiros. Isso busca garantir uma análise mais criteriosa e melhor aplicação dos investimentos.Como podemos observar, o mercado imobiliário em 2023 enfrenta um cenário de redução da taxa Selic, promulgação da discussão sobre a correção do FGTS, valorização de imóveis em diversas cidades e mudanças nas regras do MCMV.
Em meio a essas pautas, o setor permanece otimista e atento às mudanças, aguardando possíveis surpresas positivas no ano de 2024. Agora, é essencial manter-se atento a essas tendências e decisões para garantir o sucesso no mercado imobiliário em 2024. Não perca nenhuma atualização! Cadastre-se em nossa Newsletter e receba conteúdos como este diretamente em sua caixa de entrada de e-mail.
Dicas
5 passos para organizar um lançamento imobiliário de sucesso

Organizar um lançamento imobiliário exige mais do que uma boa campanha de marketing ou um plantão estruturado. O sucesso desse momento está diretamente ligado à capacidade da empresa em alinhar tecnologia, processos comerciais e estratégias de pré-venda.
A 2ª edição do Panorama de Vendas da Incorporação e Loteamentos confirmou isso com dados relevantes: 43,3% das empresas que mais venderam no Dia D são justamente aquelas que utilizam CRM, pré-venda estruturada e funil digital ativo. Esse comportamento reforça um ponto centra: o lançamento imobiliário é apenas o ponto alto de uma jornada que começa muito antes da data oficial.
Veja abaixo os cinco passos essenciais para garantir um lançamento de sucesso:
1. Estruture o lançamento com foco na jornada de vendas
Um dos principais erros ainda cometidos pelas empresas é iniciar o lançamento com o foco apenas no plantão de vendas. A pesquisa mostra que apenas 4% das empresas (respondentes) vendem 100% das unidades no Dia D, e esse número está diretamente relacionado à maturidade digital e comercial da operação.
Planeje o lançamento como uma jornada contínua, com:
- Captação antecipada de leads;
- Campanhas de nutrição por canais como WhatsApp e e-mail;
- Pré-reserva e aquecimento da base.
Insight do Panorama: Empresas que estruturam a pré-venda digital vendem mais no Dia D e de forma mais saudável, com menos distratos e mais margem.
2. Organize a equipe e a base de leads com o apoio da tecnologia
Segundo o Panorama, 58,7% das empresas já utilizam CRM para acompanhar os leads, enquanto outras 24% ainda usam planilhas ou não têm processos definidos. Esse é um ponto de atenção.
No lançamento, o caos começa quando o time não sabe quem atender, como reservar ou onde registrar a proposta.
- Use um CRM que centralize os leads e permita reserva em tempo real;
- Dê acesso aos corretores via aplicativo;
- Garanta visibilidade sobre os status das unidades, evitando reservas duplicadas.
Com o Facilita, sua equipe visualiza o espelho digital atualizado e envia propostas de forma integrada, acelerando o ciclo comercial do seus lançamento imobiliário.
3. Use o espelho de vendas digital para evitar ruídos
Mais de 75% das empresas vendem até 40% das unidades no Dia D, de forma estratégica, para manter margem e controlar o ritmo de absorção do mercado. No entanto, isso só é possível se o espelho de vendas estiver sempre atualizado e acessível.
- Implemente um espelho de vendas digital com controle de acesso;
- Utilize planta interativa com filtros de disponibilidade;
- Integre o espelho ao CRM, conectando reservas ao funil.
Dado relevante: empresas com estrutura digital são mais ágeis na liberação de novas fases e na atualização da tabela de preços conforme a demanda.
4. Integre marketing, SDR e corretores em um único processo
O Panorama aponta que 34% das empresas acreditam que a chave para vender mais está no marketing, e 30,7% destacam o engajamento da equipe de vendas. O desafio está em fazer essas áreas trabalharem juntas.
- Estruture o processo com repasse claro de leads;
- Acompanhe o SLA de atendimento — 48,7% das empresas fazem o primeiro contato em minutos;
- Alimente o time com informações sobre o comportamento dos leads.
Com o Facilita, o time de marketing capta, o SDR distribui e o corretor vende — tudo dentro de uma mesma plataforma.
5. Acompanhe os dados e otimize em tempo real
O lançamento não termina no primeiro dia. Ele precisa ser monitorado, ajustado e reenergizado constantemente.
- Avalie os canais que mais converteram (Meta Ads lidera com 69,3%);
- Analise o custo por lead (quase metade das empresas ainda consegue abaixo de R$ 25);
- Meça o desempenho por corretor e reforce onde houver gargalos.
Insight estratégico: empresas que acompanham taxa de conversão e ciclo médio de vendas conseguem prever receita e ajustar rota com mais segurança.
Lançamento bem-sucedido se constrói com dados, processos e tecnologia
Não é mais uma questão de sorte ou esforço isolado de vendas. Os melhores resultados surgem quando marketing, pré-venda, equipe comercial e gestão trabalham em conjunto, com tecnologia para suportar decisões em tempo real.
Se você quer estruturar lançamentos mais eficientes, com funil digital completo e controle de ponta a ponta, conheça o CRM mais usado por loteadoras e incorporadoras no Brasil.

Mercado Imobiliário
MCMV mira a classe média e reacende o debate sobre o futuro do mercado imobiliário

O cenário habitacional brasileiro acaba de ganhar um novo capítulo com o anúncio da faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). A medida busca atender famílias com renda mensal entre R$ 8 mil e R$ 12 mil, e promete injetar fôlego em um mercado pressionado por juros altos, queda na renda real e aumento no preço dos imóveis.
Com a criação dessa nova faixa, o teto de financiamento passará dos atuais R$ 350 mil para R$ 500 mil, ampliando o acesso da classe média ao crédito habitacional com juros mais competitivos do que os praticados pelos bancos, na casa dos 10% ao ano.
Um programa habitacional para além da baixa renda
A decisão do Governo Federal, embora criticada por alguns setores, mira diretamente um público que enfrenta dificuldade para financiar imóveis dentro das faixas de preço mais comuns nas grandes cidades. A classe média, cada vez mais espremida entre o custo de vida crescente e o acesso restrito ao crédito, pode encontrar na faixa 4 uma alternativa viável para viabilizar a compra da casa própria.
Segundo o governo, serão disponibilizados R$ 20 bilhões em crédito, sendo R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal e R$ 5 bilhões da Caixa Econômica Federal. Além disso, R$ 3 bilhões devem ser destinados a uma nova linha de crédito para reformas de imóveis, com juros estimados em 3% ao mês.
A conta não fecha: imóveis sobem mais que a renda
Dados recentes mostram como o sonho da casa própria tem se tornado mais distante para muitas famílias. O Índice FipeZap revela que o preço médio dos imóveis residenciais no Brasil subiu 25,8% nos últimos 5 anos. Em 2019, um apartamento de 45m² custava, em média, R$ 323 mil. Em 2024, esse valor passou para mais de R$ 407 mil. Já a renda média do brasileiro subiu apenas 10,18% no mesmo período.
Com esse descompasso, o fator preço se consolida como o mais importante na busca por um imóvel: 98% dos entrevistados do Anuário DataZAP afirmaram priorizar esse critério.
O impacto dos juros: onde estamos e para onde vamos?
Outro ponto de atenção está na recente elevação da taxa Selic para 14,25%. Historicamente, esse movimento influencia o aumento dos juros imobiliários, ainda que em menor intensidade se comparado a outras modalidades de crédito.
Segundo especialistas, um aumento de 1 ponto percentual na Selic pode elevar em até 0,43 ponto percentual os juros de financiamento imobiliário no prazo de seis meses. O impacto tende a ser mais sentido por famílias de renda média, justamente o público-alvo da faixa 4 MCMV.
O alerta do setor: gargalo na liberação de crédito
Mesmo com o estímulo ao financiamento habitacional, o setor alerta para possíveis atrasos na concessão de crédito em 2025. A Caixa Econômica Federal enfrentou dificuldades no ano passado e pode repetir o cenário, considerando o crescimento de 42% no valor dos lançamentos voltados ao médio e alto padrão, conforme dados da Abrainc.
A entidade defende o estímulo a investimentos institucionais, como FGTS e fundos de pensão, para garantir liquidez e evitar uma possível retração do setor.
Requalificação urbana e tendências de centralidade
Paralelamente às discussões sobre financiamento, o debate urbanístico também se intensifica. Em editorial recente, o jornal O Globo chamou atenção para distorções históricas do MCMV, que prioriza a construção de habitações em áreas periféricas com pouca infraestrutura.
A proposta de repensar a política habitacional caminha no sentido de estimular projetos em regiões centrais, com mais acesso a transporte, serviços e qualidade de vida. Um exemplo disso é o Programa Requalifica Centro, da Prefeitura de São Paulo, que planeja abrigar até 220 mil moradores no centro da cidade até 2031, por meio de incentivos fiscais e simplificação de regras.
A digitalização como aliada da agilidade no mercado
Nesse cenário de transformação urbana e crescimento do volume de lançamentos, a tecnologia surge como um diferencial competitivo. Um levantamento do governo do estado de São Paulo mostra que a digitalização dos processos de aprovação de projetos reduziu em 23 dias o tempo médio de análise, de 131 para 108 dias.
Para as incorporadoras e loteadoras, esse ganho de tempo é essencial para responder à demanda de forma mais ágil e eficiente. Ferramentas digitais, como CRMs imobiliários com foco em funil de vendas, propostas e assinaturas eletrônicas, tornam-se ainda mais indispensáveis para quem deseja escalar operações sem perder o controle.
O que tudo isso significa para o mercado?
Com a faixa 4 do MCMV e o aumento da atenção à classe média, novas oportunidades se abrem para loteadoras, incorporadoras e imobiliárias. No entanto, essas oportunidades virão acompanhadas de desafios: aprovação de crédito, viabilidade de projetos, reorganização urbana e necessidade de eficiência operacional. O mercado imobiliário está diante de um novo ciclo. Quem souber combinar entendimento das políticas públicas, dados de mercado e uso de tecnologia estará melhor posicionado para liderar esse novo momento.
Dicas
5 dicas para otimizar a abordagem comercial
Será que sua empresa está otimizando tempo e equipe para fazer ações mais efetivas e baratas, e vender mais imóveis? A regra básica você já sabe: Treinar → Vender → Lucros

Será que sua empresa está otimizando tempo e equipe para fazer ações mais efetivas e baratas, e vender mais imóveis? A regra básica você já sabe:
Treinar → Vender → Lucros
(mais…)