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Mercado Imobiliário

Transformações e desafios no mercado imobiliário brasileiro: um panorama atual

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O mercado imobiliário brasileiro passa por um momento de transformação significativa, impulsionado por mudanças regulatórias, escassez de mão de obra qualificada e novos padrões de demanda. Este post analisa alguns dos principais desafios e oportunidades que moldam o setor atualmente.

Mudança no cálculo do FGTS: uma nova perspectiva para as incorporadoras de baixa renda

A recente alteração no cálculo do FGTS trouxe alívio para as incorporadoras focadas em projetos de baixa renda. Anteriormente, o cálculo considerado para o FGTS criava barreiras financeiras significativas, dificultando o acesso a financiamento por parte da população de baixa renda. Com as novas regras, há uma expectativa de que mais famílias possam realizar o sonho da casa própria, estimulando o mercado de habitação popular e, por consequência, ampliando as oportunidades para incorporadoras atuantes neste segmento .

Escassez de trabalhadores qualificados e o papel da tecnologia na construção civil

Outro ponto crítico enfrentado pelo setor é a escassez de trabalhadores qualificados. A construção civil no Brasil tem lutado para atrair e reter talentos, um problema agravado pela falta de investimentos em capacitação e formação profissional. Para mitigar essa escassez, muitas empresas estão investindo em novas tecnologias, como a construção modular e o uso de inteligência artificial para otimizar processos. Essas inovações não só melhoram a eficiência, como também reduzem a dependência de mão de obra intensiva, marcando uma transição para métodos construtivos mais modernos e sustentáveis .

Desempenho do mercado imobiliário em São Paulo: uma análise dos últimos lançamentos

São Paulo continua a ser o principal polo imobiliário do Brasil, representando cerca de 25% do valor e do número de lançamentos no país. No entanto, há uma tendência notável: a maioria dos novos projetos são compactos, com até dois dormitórios e não mais que 45 metros quadrados. Esse fenômeno reflete uma mudança nas preferências dos consumidores, que buscam soluções habitacionais mais acessíveis e adequadas ao estilo de vida urbano contemporâneo .

Reforma Tributária e suas implicações para a construção civil

A reforma tributária em discussão no Brasil tem gerado apreensão entre os profissionais do setor da construção civil. As novas propostas podem aumentar a carga tributária para empresas de construção, afetando a viabilidade econômica de novos projetos. Entidades como o SindusCon-SP têm levado essas preocupações ao governo e ao legislativo, buscando alternativas que não comprometam o crescimento do setor. O diálogo constante entre os representantes da construção civil e as autoridades é crucial para assegurar que as mudanças tributárias sejam implementadas de forma equilibrada e justa.

Painel de indicadores do mercado imobiliário e setor da construção

Indicador Data Variação Mês Acumulado 12 Meses
INCC-M Maio/2024 +0,59% +3,68%
INCC-DI Maio/2024 +0,86% +4,05%
CUB Médio Brasil Abril/2024 -0,05% +2,68%
IGP-M Maio/2024 +0,89% -0,34%
IVAR Maio/2024 +0,21% +9,46%
FipeZap Residencial Venda Abril/2024 +0,66% +5,76%
Rendimento Poupança Abril/2024 +0,59% +7,62%
SELIC Reunião COPOM 08/05/2024 -0,25% Taxa Selic Atual: +10,50%
T.R. (Taxa Referencial) Junho/2024 +0,0365% +1,10%

Resumo dos indicadores:

  • INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção – Mercado): Indica a variação mensal e anual dos custos de construção, importante para monitorar a inflação no setor.
  • INCC-DI (Índice Nacional de Custo da Construção – Disponibilidade Interna): Outro índice que mede a variação de custos na construção, com foco em disponibilidade interna.
  • CUB Médio Brasil (Custo Unitário Básico): Média nacional do custo por metro quadrado, essencial para orçamentos de construção.
  • IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado): Índice amplamente utilizado para reajuste de contratos de aluguel, medindo a inflação.
  • IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais): Reflete as mudanças nos preços dos aluguéis residenciais.
  • FipeZap Residencial Venda: Índice de preços de venda de imóveis residenciais em diversas cidades brasileiras.
  • Rendimento Poupança: Taxa de rendimento da poupança, comparativo importante para investimentos.
  • SELIC (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia): Taxa básica de juros, influenciando o custo do crédito e a economia em geral.
  • T.R. (Taxa Referencial): Usada para correção de contratos e investimentos, como a poupança.

Perspectivas para o futuro

O mercado imobiliário brasileiro está em constante evolução, enfrentando desafios complexos enquanto se adapta às novas realidades econômicas e sociais. As mudanças no FGTS, a escassez de mão de obra qualificada, a introdução de novas tecnologias e a reforma tributária são apenas alguns dos fatores que influenciarão o setor nos próximos anos. Para as incorporadoras e construtoras, entender e se adaptar a essas transformações será essencial para prosperar neste cenário dinâmico.

Para se manter atualizado sobre as últimas novidades e tendências do mercado imobiliário brasileiro, acompanhe o Blog do Facilita e não perca nossos próximos artigos!

Conheça nossa Redatora! Especialista em Marketing Digital, Gestão de Vendas e Letramento Informacional, Elen é uma verdadeira apaixonada por desvendar os segredos do mercado imobiliário. Sua missão é ajudar você a aprimorar processos e manter-se atualizado com as mudanças constantes do setor. Prepare-se para uma jornada de vendas fácil, descomplicada e transformadora, com conteúdo que fará toda a diferença!

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Mercado Imobiliário

O ponto de inflexão do crédito imobiliário no Brasil

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O mercado imobiliário brasileiro vive hoje um momento de transição. Após duas décadas de forte dependência da caderneta de poupança e do FGTS como principais fontes de funding, sinais de esgotamento começam a aparecer. No primeiro semestre de 2025, a poupança registrou uma saída líquida de R$ 49,6 bilhões, o maior saldo negativo desde 2023 e quarto ano consecutivo de desmobilizações. Para incorporadoras e loteadoras, esse cenário exige não apenas atenção, mas preparação cuidadosa para o “novo normal” que se avizinha.

Da poupança ao IPCA: a necessidade de diversificação

Historicamente, a estabilidade e o baixo custo de captação tornaram poupança e FGTS protagonistas do financiamento imobiliário. Porém, ao mesmo tempo em que essas fontes se mostram cada vez mais escassas, países com mercado mais maduro, como Chile (30 % do PIB), Tailândia (20 %), África do Sul (18 %) e México (11 %) – já contam com uma base de crédito imobiliário muito mais robusta do que os atuais 9,8 % do PIB brasileiro (dos quais apenas 6 % vêm do FGTS).

Diante desse “gap”, o Banco Central estuda um modelo de transição gradual, que reduza a retenção de recursos da poupança e estimule linhas de crédito corrigidas pelo IPCA. A proposta inclui ampliar o teto de financiamento para imóveis de até R$ 1,5 milhão e atrair investidores via fundos de investimento e securitizadoras. Trata-se, em essência, de construir um ecossistema de funding mais diversificado e resiliente, alinhado às melhores práticas internacionais.

Desafios na prática para incorporadoras e loteadoras

Para quem atua com lançamentos e vendas, esse cenário traz ao menos três desafios imediatos:

  • Revisão do planejamento financeiro: projeções de caixa, índices de taxas e prazos devem ser recalibrados para incorporar cenários de correção pelo IPCA.
  • Atualização das ferramentas de simulação: oferecer ao cliente final projeções claras, com parcelas de entrada, mensais e saldo nas chaves já ajustadas à nova correção.
  • Velocidade na conversão de leads: à medida que fontes tradicionais se tornem mais restritas, a eficiência no funil de vendas será crucial para não perder oportunidades.

Sem contar a necessidade de comunicar essas mudanças de forma transparente ao mercado, mantendo a confiança de investidores, parceiros e compradores.

Por que um CRM imobiliário faz toda a diferença

Num ambiente de funding em transformação, ter informação em tempo real e processos digitais integrados não é apenas um diferencial: é condição de sobrevivência. É aí que entra o CRM Facilita:

  1. Funil Kanban personalizável
    Ajuste fases e status de leads conforme as novas regras de crédito, garantindo visibilidade imediata sobre onde cada oportunidade se encontra.
  2. Simulador de propostas dinâmico
    Confira, em segundos, as variações de valores de entrada, parcelas mensais e saldo nas chaves sob correção IPCA. Essa agilidade torna o atendimento mais assertivo e aumenta a taxa de conversão.
  3. Espelho Digital de Vendas
    Ao disponibilizar um hotsite para o corretor, você apresenta cenários de financiamento claros e personalizados, fortalecendo a argumentação de venda.
  4. Reservas automáticas e alertas inteligentes
    Não deixe que leads “esfrie” por esquecimento de prazos: alertas configuráveis por etapa e status garantem ação rápida e evitam cancelamentos por expiração de reservas.
  5. Integrações financeiras via API
    Conecte-se a fundos de investimento, securitizadoras e plataformas de gestão financeira, centralizando todo o processo de funding em um único painel.

Olhando adiante: preparação e proatividade

O “ponto de inflexão” no crédito imobiliário não é um evento único, mas um processo que levará meses (talvez anos) para se consolidar. Incorporadoras e loteadoras que anteciparem cenários, revisarem suas projeções e adotarem ferramentas digitais (como o CRM Facilita) terão vantagem competitiva.

Antes de qualquer lançamento, pense:

  • Já testei meus simuladores com correção IPCA?
  • Minha equipe de pré-vendas está apta a explicar as novas opções de funding?
  • Minha operação digital está preparada para integrar novos parceiros financeiros sem retrabalho?

Ao endereçar esses pontos, você não apenas sobrevive a essa fase de transição, mas sai na frente, conquistando mais clientes e parceiros.

Quer saber como o CRM Facilita pode ajudar sua incorporadora a navegar por esse momento histórico?

Fale com um de nossos especialistas e descubra soluções sob medida para sua operação:

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Mercado Imobiliário

Como IDI Brasil pode orientar o planejamento de lançamentos verticais

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O mercado de imóveis residenciais verticais vive um momento de transformação: entender onde há maior demanda, por faixa de renda, é essencial para que incorporadoras planejem lançamentos assertivos, reduzam riscos e potencializem vendas. Neste artigo, te mostrarei como você pode usar os dados do IDI Brasil para guiar sua estratégia.

1. O que é o IDI Brasil?

O Índice de Demanda Imobiliária (IDI Brasil) avalia trimestralmente a atratividade de 77 cidades para investimentos em empreendimentos verticais, segmentando-as por faixa de renda familiar. Baseado em transações reais e ponderando indicadores como demanda ativa, dinâmica econômica e oferta de terceiros, o IDI gera um score de 0,000 a 1,000 que revela, de forma objetiva, onde há maior potencial de vendas.

2. Principais tendências no 1º tri/2025

Faixa de rendaTop 5 Capitais (em ordem)
Econômico (até R$ 12 mil)1. Curitiba (PR)
2. Fortaleza (CE)
3. São Paulo (SP)
4. Goiânia (GO)
5. Recife (PE)
Médio (R$ 12 mil a R$ 24 mil)1. Goiânia (GO)
2. São Paulo (SP)
3. Florianópolis (SC)
4. Brasília (DF)
5. Curitiba (PR)

Fonte: IDI Brasil | Revista Exame

3. Como aplicar esses insights no seu planejamento

  1. Seleção de mercado-alvo
    • Se sua incorporadora foca projetos com preço médio até R$ 12 mil/mês, as capitais do Sul e Nordeste lideram: Curitiba, Fortaleza e Recife.
    • Para empreendimentos no segmento médio, vale priorizar Goiânia, São Paulo e Florianópolis, onde a demanda de famílias com renda entre R$ 12 mil e R$ 24 mil está mais madura.
  2. Alocação de budget de marketing
    • Direcione verbas de tráfego pago e geração de leads (Meta Ads, Google Ads) para as regiões com maior score.
    • Ajuste a mensagem dos anúncios: destaque preço e condições de pagamento nos mercados econômicos; realce diferenciais de acabamento e infraestrutura nos mercados médios.
  3. Personalização do funil de vendas
    • No CRM Facilita, crie pipelines dedicados para cada segmento e cidade-chave, com etapas customizadas (reserva digital, proposta, contrato).
    • Use automações de lead scoring para qualificar rapidamente prospects de alta demanda e disparar follow-ups segmentados.
  4. Planejamento de estoque e prazos
    • Em cidades com maior pressão de demanda, planeje estoques menores e ciclos de pré-lançamento mais curtos (pré-reservas exclusivas).
    • Nas demais, considere campanhas de “lançamento estendido” ou ofertas de last call para atrair leads antes de reduzir o burn rate do projeto.

4. O papel do CRM Facilita no seu sucesso

Com base nas tendências do IDI Brasil, o CRM Facilita potencializa seu planejamento de lançamentos ao oferecer:

  • Espelho de vendas digital em tempo real, para acompanhar reservas e vendas por cidade e segmento.
  • Simulador de propostas integrado às tabelas digitais, ajustado por faixa de renda e localização.
  • Dashboards personalizados, apresentando KPIs por mercado (score IDI, conversão por etapa, tempo médio de fechamento).
  • Automação de follow-up via WhatsApp e e-mail, focada em grupos de alto potencial identificados pelo IDI.

5. Próximos passos

O IDI Brasil fornece um termômetro confiável da demanda por imóveis verticais em cada faixa de renda e cidade. Ao combinar esses dados com as funcionalidades avançadas do CRM Facilita, sua incorporadora ganha poder de decisão para:

  • Definir onde e quando lançar.
  • Otimizar investimentos em marketing.
  • Agilizar ciclos de vendas.

Pronto para transformar dados em resultados?
Converse com um especialista do Facilita e descubra como nosso CRM pode ser a base do seu próximo lançamento de sucesso.

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Mercado Imobiliário

Transformação organizacional: quando a mudança é inevitável

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Em nossa jornada no App Facilita, ficamos cada vez mais convencidos de que qualquer organização que queira crescer sustentável precisa abraçar a transformação organizacional. Mas, para muitos líderes, fica a dúvida: quando começar e como fazer isso da forma certa?

No episódio #22 do Papo de Gestão, trouxe uma conversa essencial com o Jorge Pereira Neto, diretor de negócios com sólida formação pela Fundação Getulio Vargas e Unaerp, especialista em gestão de operações e logística dentro da Expandh Urbanismo. Jorge traz insights valiosos extraídos da gestão de equipamentos, roteirização e logística, temas críticos em qualquer transformação corporativa.

Destaques do episódio com Jorge Pereira Neto

  1. Sinais concretos de que é hora de mudar
    Jorge compartilha indicadores práticos, vindos da operação logística, que funcionam como alertas de que processos, cultura e estrutura precisam evoluir.
  2. Erros comuns no início da jornada
    Um dos pontos críticos discutidos foi a pressa em mudar: “muitas empresas implementam tecnologia sem alinhar equipe nem cultura”, diz Jorge. Esse desalinhamento acaba travando os resultados.
  3. Alinhando pessoas, processos e tecnologia
    A maior lição? A importância de envolver todas as áreas, das operações ao back office, desde o primeiro dia.
  4. Engajamento da equipe como diferencial competitivo
    Não adianta só ter propósito ou ferramenta. Sem adotar comunicação clara e engajamento real do time, a transformação perde força.
  5. Cases reais que ensinam
    Jorge relata experiências práticas, casos em que empresas integraram roteirização e tecnologia com sucesso e outras em que o fracasso veio pela falta de preparo cultural.

Onde assistir ou ouvir?

YouTube

Assista à conversa completa, inclua o visual dos slides de apoio e a expressão dos participantes.

Spotify

Ideal para ouvir durante o trânsito, no trabalho, ou enquanto executa outras tarefas.

Ouça agora!

Para quem é este episódio?

  • Gestores e líderes de operações, logística, tecnologia ou atendimento;
  • CEOs e diretores em busca de alinhar tecnologia com cultura;
  • Equipes que querem entender como estruturar uma mudança com foco humano.

Se você sente que seu modelo de gestão precisa evoluir, mas ainda não sabe por onde começar, este episódio com Jorge Pereira Neto é um verdadeiro manual prático.

Vamos juntos nessa jornada? Se você ainda não ouviu o episódio completo, recomendo que confira. E, claro, fique ligado nos próximos episódios do Papo de Gestão para mais insights sobre inovação e mercado imobiliário!

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