Mercado Imobiliário

Saque do FGTS tem efeito incerto na economia

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Nos últimos dias temos visto movimentações no mercado imobiliário sobre os efeitos do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, popularmente conhecido pela sigla FGTS. Figuras como Luiz Antonio França, presidente da Associação de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) apontam que esse tipo de medida não vai promover o crescimento do Brasil. 

De modo geral, o setor enxerga que o estímulo paliativo à crise gerada pela pandemia traz alívio momentâneo, mas tem efeito incerto na economia. Acompanhe os detalhes neste artigo!

Afinal, por que o FGTS interfere na economia?

Sabemos que o FGTS foi criado, em síntese, visando a proteção do trabalhador em situações de demissão sem justa causa, mantendo uma reserva na Caixa Econômica Federal, sendo esse valor descontado do salário mensal do contribuinte.

Com o tempo uma série de critérios para saque do FGTS foram criadas, tendo por principais: casos de demissão sem justa causa, doenças graves e compra da casa própria.

Além disso, o governo passou a permitir “saque aniversário e saque emergencial”, essa ação freia a alta inflação sendo considerada pilar de sustento de investimentos em serviços públicos, entretanto tende a incertezas na economia apontando ser de curta duração.

O presidente da ABRAINC, Luiz Antonio França, aponta:

“São esses recursos que sustentam os investimentos nos serviços públicos que atendem principalmente a população de baixa renda, sem a necessidade de investimento estatal, além de responderem pela geração de dois milhões de empregos ao ano”

França, salienta ainda: 

“Se o que desejamos é um país mais igualitário, não podemos omitir dos argumentos sobre a destinação desse recurso que ele também segue regras claras de uso, permitir a continuidade de projetos sociais que o governo não tem como arcar sem essa fonte”

Temos acompanhado que, principalmente pelo agravante da crise econômica e sanitária provocada pela pandemia, muitas famílias estão com grandes dificuldades para atender até mesmo as necessidades mais básicas.

Como reflexão é importante voltarmos o olhar para a questão de que reeditar medidas do FGTS vem a ser uma solução paliativa, mas não resolve a problemática da economia do país.

Como fica o saneamento básico e infraestrutura urbana?

A ampliação dos objetivos da Lei 13.932/2019 que regulamenta o FGTS, preocupa a geração de trabalho e receita orçamentária de municípios que não possuem fundos para substituir o aporte financeiro do FGTS. 

Além disso, a ausência de investimento pode interferir no programa habitacional Casa Verde e Amarela (CVA), o qual tem como função social viabilizar melhores condições de vida para brasileiros de baixa renda.

Atualmente o segmento CVA tem se destacado no mercado imobiliário, que com as recentes alterações no texto da medida provisória 1.107/22 ampliou o prazo máximo de financiamento (30 para 35 anos). Nesse meio tempo os depósitos do FGTS realizados por parte dos empregadores servem de garantia nas prestações de financiamentos imobiliários. Essa iniciativa mostra que a construção civil é uma peça importante nessa retomada da economia.

O cenário para as construtoras

Independentemente da decisão final em relação ao aporte do FGTS, o mercado imobiliário segue sendo um pilar para sustentar a economia brasileira. O setor já demostrou sua importância e se mantem em crescimento mesmo com a alta da inflação e a crise em um contexto geral. 

Para o incorporador, é importante avaliar os processos que já vem sendo adotados nas vendas imobiliárias e que estão surtindo efeitos positivos. Nesse sentido, podemos destacar a importância da tecnologia como aliada na gestão imobiliária, trazendo soluções para otimização do processo da venda de imóveis.

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