Mercado Imobiliário
Big Data e Mercado Imobiliário: qual a relação?
Published
2 anos agoon
By
Lucas PontesTendo em vista um mercado cada vez mais competitivo e um público mais e mais exigente e conectado, é imperativo que os players do mercado imobiliário invistam na contínua modernização de seus processos e se apropriem das incontáveis oportunidades que surgem a partir da correta e inteligente utilização de dados.
Seja para direcionar os esforços de suas equipes, melhor conhecer o perfil, as necessidades e o momento de compra de seus clientes ou ainda para, a partir de análises e projeções baseadas em dados, terem a possibilidade de desenvolver e entregar produtos cada vez mais condizentes com as necessidades de seus possíveis clientes.
Ainda que inerente à implementação de uma cultura de dados hajam desafios, utilizar ferramentas adequadas, que deem suporte a tais iniciativas, podem suavizar o processo e impulsionar os resultados. Pensando nisso, esse artigo foi preparado para que você, agente imobiliário, entenda essa tendência que pode alavancar as suas vendas de forma escalada. Confira!
O que é Big Data?
Trazido à público em 2005 pelo então gerente de dados da O’Relly, Roger Magoulas, o termo Big Data se refere não apenas a um grande volume de dados, mas também à variabilidade desses dados, à velocidade na qual são gerados, sua veracidade e o valor a eles agregado.
A variabilidade se refere à diversidade de fontes e formatos nos quais se produzem tais dados, podendo estes, serem advindos tanto de formulários e planilhas, como de diferentes sistemas e dispositivos.
Já a velocidade é uma característica intrínseca ao termo e diz respeito ao ritmo com o qual os diferentes tipos de dados são gerados e atualizados, ou seja, não basta haver um grande acúmulo de dados, estes devem estar sujeitos a um rápido crescimento, sendo justamente estes fatores os que tornam imprescindível a validação dos dados a fim de garantir a veracidade destes, com o intuito de encontrar possíveis inconsistências e anomalias, mas também a fim de questionar se esses dados ainda correspondem à realidade.
Ainda relacionado ao conceito de Big Data está a noção de valor; isso porque dados são apenas dados. Embora potencialmente ricos em informação, eles precisam ser garimpados ou, fazendo uso do termo corrente, minerados através de processos, ferramentas e técnicas que, finalmente, transformarão tais dados brutos em conhecimento útil para os negócios.
Aplicações gerais de Big Data
Uma vez que Big Data trata-se de um volume massivo de dados oriundos das mais diversas fontes possíveis, este também possui as mais diversas aplicações, já que a natureza dos dados varia de acordo com o ramo de atuação da organização, seja ela privada ou governamental.
Sendo assim, Big Data pode ser utilizado para analisar o volume do tráfego de veículos ou o padrão de crimes praticados em diferentes horários em determinada região de uma cidade, ou ainda prever alagamentos ou mapear o alcance de danos causados por abalos sísmicos, dando oportunidade para que novas políticas públicas de enfrentamento às situações observadas sejam criadas.
Pode, ainda, apoiar estratégias de cultivo no agronegócio, bem como sustentar decisões guiadas por dados em empresas de diferentes segmentos.
Portanto, o objetivo principal do Big Data é extrair valor de dados, permitindo que destes se obtenham insights úteis para tomada de decisões, já que utilizando-se de técnicas de Big Data, é possível observar padrões nos dados que não se revelariam de outra maneira, possibilitando um entendimento e planejamento mais acertivo dos negócios.
Para que isso seja possível, geralmente estão envolvidos modelos de Machine Learning (Aprendizagem de Máquina) que tem um papel crucial na tarefa de revelar padrões ocultos, de difício detecção até mesmo para os mais atentos e experientes olhares humanos, possibilitando a apropriação de informações que, se bem utilizadas, podem torna-se uma vantagem competitiva importante.
Qual a relação entre Big Data e Mercado Imobiliário?
Assim como observado em outros âmbitos do mundo dos negócios, o setor imobiliário também pode se beneficiar dos avanços em Big Data. É sabido que “vende melhor quem domina a informação” e, uma vez que Big Data diz respeito à obtenção e enriquecimento de dados, transformando-os em informação útil, quem melhor investir em ferramentas e profissionais de Big Data, estarão à frente.
No mundo cada vez mais virtualmente conectado, a internet tornou-se o principal meio de acesso à informação de boa parte das pessoas. Segundo pesquisa realizada em 2021 pelo grupo de comunicação jornalística Poder Data, 43% das pessoas buscam informação por esse meio, número que já ultrapassa veículos tradicionais de comunicação como a televisão, rádio e jornal impresso.
Pesquisas realizadas pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação – CETIC, apontam o crescimento no número de internautas no país que, com a expansão da web 2.0, não apenas consomem informações, como também as geram. Em cada clique, em cada busca, cada curtida, as pessoas estão gerando muitos gigabytes de dados. Rastros que indicam suas opiniões, preferências e necessidades.
Desse modo, saber como utilizar esses dados, ajudará a traçar um perfil mais detalhado e seguro dos possíveis compradores, conhecendo quem são, o que buscam e, de forma mais assertiva, qual o elemento motivador da compra, podendo-se assim, ser capaz de fazer a entrega perfeita. Dito de outra maneira, a todo momento as pessoas estão dizendo que tipo de imóvel buscam e quais suas necessidades.
Entretanto, isso é dito de forma implícita, através das pistas que deixam na rede. Portanto, acessar e compreender essas pistas pode ajudar as construtoras na própria definição de seus produtos, sendo possível antever demandas e apresentar propostas inovadoras, uma vez conhecidas as reais necessidades de seu público-alvo.
Iniciativas nesse sentido têm sido implementadas, como é o caso da DataClick, que realizou um projeto no qual utilizou dados de leads e clientes dispersos em diferentes sistemas de uma incorporadora, reunindo-os e os analisando a fim de compreender suas características que melhor se relacionavam com os produtos disponíveis.
A iniciativa promoveu a venda de cerca de 20% de um empreendimento, antes do lançamento, apenas utilizando de forma inteligente a base de dados a qual já dispunham, demonstrando que nem sempre é preciso utilizar grandes volumes de dados obtidos de fontes externas, mas que o próprio negócio já pode reunir muitos dados que, possivelmente, têm sido subestimados.
Dados no app Facilita
O app Facilita dispõe de vários recursos que dão suporte a uma gestão guiada por dados, dos quais podemos citar os relatórios em Excel que, a partir do painel da aplicação web, permite exportar diferentes relatórios nos formatos xlsx ou csv, que possibilitam uma visão detalhada concernente a clientes, reservas, leads e ainda outras como funil de vendas, negócios, etc.
Valendo lembrar que, uma vez exportados, a maneira como esses dados serão utilizados depende da técnica e criatividade daquele que os manejará, podendo ser utilizados diretamente em editores digitais de planilhas, como MS Excel, Google sheets e outros, ou transformados em fontes de dados para aplicações de business inteligence, como Gogle Data Studio e Power BI.
Para aqueles, no entanto, que desejam utilizar visualizações de dados em forma de dashboards, o aplicativo Facilita conta com soluções BI desenhadas para suprir demandas no gerenciamento de vendas e marketing que se encontram acessíveis diretamente via painel web.
Essas visões foram projetadas para apresentar de forma clara e inteligente, informações como a distribuição dos negócios no funil, valores de negociações, produtividade de equipes, taxa de conversão por origem, tempo médio e perfil demográfico das vendas, entre outras, contando ainda com a calculadora de leads que, com base na taxa de conversão do funil, calcula quantos leads serão necessários gerar para que se alcance a meta de vendas estabelecida.
Além de soluções para integração e entrega de dados como o webhook e a API Pública Facilita, há também, soluções que conferem maior liberdade para usuários que desejam manipular dados de forma mais especializada.
É o caso da Fonte de Dados para BI que, após um pré-processamento por parte do Facilita, possibilita a entrega de dados diretamente ao cliente através de um endpoint, a partir do qual o cliente pode obter e analisar dados, utilizando ferramentas e técnicas com as quais já está habituado.
Há ainda, a opção de utilizar, a um nível mais avançado, o DataLake Facilita, que entrega toda a gama de dados armazenada no processo de vendas, sem qualquer pré-processamento, evitando o enviesamento dos dados e possibilitando um leque muito maior de aplicações e obtenção de insights por meio destes.
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